A reivindicação feminina por uma sociedade igualitária tornou-se mais concreta a partir da Revolução Industrial. As mulheres vêm conquistando mais espaço na sociedade. E no trânsito não é diferente, é cada vez maior o número de mulheres que tiram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Pilotando motos ou dirigindo carros, as mulheres conduzem seus veículos de maneira consciente, vigilante e tranqüila. No Acre, elas representam aproximadamente 30% dos condutores do Estado. Com relação ao índice de novos condutores, dados do sistema do Detran revelam que elas tem se igualado ao número de homens nos últimos anos.
Para a diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho, é importante ressaltar que apesar do preconceito e dos mitos, pesquisas indicam que as mulheres são mais cuidadosas no trânsito. “A maioria das condutoras não se arrisca a beber e dirigir ou fazer manobras perigosas. A prudência feminina é modelo para os demais motoristas”, ressaltou.
Ainda segundo Sawana o comportamento feminino nas ruas contribui para humanizar mais o trânsito, deixar mais gentil, educado e menos agressivo.
Examinadoras de trânsito
Um dos fatores para essa massiva inclusão feminina é a maior diversidade de funções que elas têm ocupado. Atualmente, a mulher opera nas mais diferentes áreas, até mesmo naquelas que eram consideradas estritamente masculinas como engenharia, mecânica, soldadores e outras tantas que estão se rendendo à competência das mulheres.
Na avaliação de candidatos à habilitação, as mulheres ainda são minoria. Entre os 48 examinadores de trânsito credenciados, apenas cinco são do sexo feminino. Uma dessas mulheres é Davilene Anaissi, que atua na área há oito anos e afirma dá conta do recado. “É árdua a empreitada de abrir espaço em funções tipicamente masculinas e ainda conciliar com rotina do lar. Mas, eu me esforço a cada dia para fazer um trabalho bem feito, para fazer valer a minha decisão”, disse.
Outra profissional desta área do trânsito é Zélia Pinheiro. Uma das primeiras mulheres a atuar na área no Estado, Zélia conta que nunca foi desrespeitada. “Sempre fui tratada com respeito, tanto pelos colegas de trabalho quanto pelos candidatos à habilitação. Ser mulher hoje é uma dádiva e não um problema”, afirmou.